‘Hololightkeeper’ um modelo conceitual que se destaca por usar tecnologias holográficas, faz homenagem a uma estrutura arquitetônica que se transformou em relíquia: o farol. Primeiramente idealizado par auxiliar na navegação marítima, guiando os marinheiros até terra firme, e servindo de apoio para barcos em situações perigosas, os faróis foram substituídos por tecnologias modernas, e o edifício perdeu sua função. A partir deste princípio, o Studio NAB projetou o ‘Hololightkeeper’ na tentativa de resgatar a tipologia deste edifício desmaterializando a estrutura do farol e mantendo seu simbolismo histórico.
Os arquitetos do Studo NAB se reapropriaram do uso do farol. A estrutura consiste em uma cabine de 30 m², envolto em painéis de aço inoxidável, apoiada no topo de uma estrutura de metal e concreto armado. O pilar se intersecta com uma ponte que conecta a estrutura habitável com a terra. Uma escada retrátil se estende da base da cabine até a ponte.
O interior compacto abriga espaços de estar e de trabalho, enquanto a estrutura é integrada com uma série de tecnolgias que permitem ao farol transmitir um holograma visual da silhueta reconhecível de um farol histórico no céu noturno.
Com o aumento do nível do mar e uma série de outras situações ambientais que impactam as comunidades costeiras em todo o mundo, o ‘Hololightkeeper’ minimiza o impacto ambiental desta estrutura. Toda a energia para a estrutura funcionar é gerada a partir de turbinas eólicas e painéis solares, enquanto que uma parte da tecnologia interna é também dedicada à purificação da água do mar, transformando-a em água potável.
O holograma 3D, projetado da parede da cabine, se difunde em até 50 metros da estrutura. Um plano transparente, fixado no fundo do mar capta essa luz e estabiliza o holograma para criar a representação de um farol antigo, integrado à paisagem marítima. Essa propriedade alegórica do holograma se conecta com a estética dos antigos faróis a partir de experimentos tecnológicos, buscando sempre preservar símbolos navegacionais.